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Obrigado Rei

Pelé na Copa de 70

Parece que foi de propósito, mas não tive oportunidade de escrever um texto sobre a Copa do Mundo de 2022. Até faria em janeiro, mas diante da notícia sobre a morte do Rei Pelé farei um link com a Copa em que acabamos de viver com o Rei do Futebol.

Pelé, como todos sabem, fez mais de 1000 gols, com lances geniais, fez uma Copa primorosa como apoteose da carreira, no caso 1970 no México. O craque argentino desta Copa de 2022, Lionel Messi, é apontado por muitos como o melhor jogador da história depois do Pelé, inclusive por mim, lembra muito o camisa 10 que nos deixou nesta quinta. Messi e Pelé tem muitas coisas em comum, nasceram com o dom de jogar este esporte e criaram jogadas inesquecíveis, cada um no seu tempo, os dois jogadores foram muito espetaculares, com muitos gols e decisivos.

O Rei era um jogador fantástico, muito a frente do seu tempo, levou o Brasil ao topo do Esporte, mudou o futebol para sempre. Fez 12 gols em Copas do Mundo, foi protagonista aos 17 anos de uma Copa do Mundo, o único ser humano a conquistar 3 copas do mundo como jogador. Enfim, o futebol agradece ao Rei sua genialidade e seus serviços prestados.

Para finalizar este texto, foram os Deuses do Futebol que fizeram o Rei passar dessa para melhor depois de uma Copa ganha por um jogador que se aproxima tanto de sua genialidade no caso Messi.  Foi como se fosse uma passagem de bastão para a eternidade de dois gênios do nosso futebol.

Obrigado REI, Obrigado por plantar a sementinha do futebol arte em todos nós, brasileiros ou não, que amam esse esporte.

O meu Dream Team do futebol

A Revista francesa France Football elegeu os 11 melhores da história no futebol, uma espécie de Dream Team do futebol, mas a lista da revista gerou muita controversa e algumas coisas estranhas. Diante disto, resolvi eleger os meus 11 melhores da história, independente de ter visto jogar ou não. A minha lista tem algumas coerências com a lista francesa. Vamos lá no esquema 4-3-3.

Goleiro – Lev Yashin (URSS)

O Goleiro não pode ser outro. A lenda Aranha Negra, o goleiro Lev Yashin da União Soviética. Ppr ser de um país socialista, o goleiro não brilhou em outras ligas Europeias, mas fez sucesso em Jogos Olímpicos e Copas do Mundo.

Lateral Direito – Carlos Alberto Torres (Brasil)

O Capita da Copa de 70 fez história no Santos dos anos 60 e 70 e na Seleção Brasileira. Um lateral moderno que avançava e tinha vigor para voltar e marcar os pontas. Autor de um dos gols mais emblemáticos da história das Copas, o quarto da final da Copa de 70 contra a Itália.

Zagueiro pela direita – Franz Beckenbauer (Alemanha)

A lenda alemã jogou duas Copas com fantástica eficiência. Em 70, jogou com o ombro deslocado uma boa parte do jogo semifinal contra a Itália e em 74, foi o comandante da equipe que faturou o título em casa derrotando a favorita Holanda na Final. Além disto, foi tricampeão europeu com o Bayern de Munique ainda nos anos 70.

Zagueiro pela esquerda – Paolo Maldini (Itália)

Maldini só teve um clube na vida, o Milan, e pegou a época de ouro do Rossonero nos anos 90 e 2000. Tanto na lateral, como na Zaga, era um excelente jogador, uma referencia para as gerações futuras de zagueiros. Na Seleção italiana, Maldini disputou 3 copas e foi vice em 94, perdendo para o Brasil.

Lateral esquerdo – Nilton Santos (Brasil)

Na lateral esquerda, não poderíamos deixar de fora alguém que o apelido era a “Enciclopédia do Futebol”. Nilton Santos, assim como Carlos Alberto, foi um lateral revolucionário em sua época, um dos poucos a ir a frente na década de 50. Nilton foi bicampeão mundial sendo peça fundamental para as duas conquistas, 58 e 62. Além de brilhar na Seleção, é lenda do Botafogo, onde fez carreira.

Volante – Falcão (Brasil)

Como a escalação tem que ter um volante, este volante é Paulo Roberto Falcão. Um jogador completo, dono do Inter tricampeão Brasileiro na década de 70 e o “Rei de Roma”, por sua passagem pelo time Italiano na década de 80. Seu auge na Seleção Brasileira foi na inesquecível Copa de 82, numa seleção que encantou, mas não ganhou a Copa.

Meia-Esquerda – Maradona (Argentina)

O dez da Argentina merece o lugar, certamente, o segundo melhor jogador da história.  El Pibe ,com sua canhota, encantou o mundo nos anos 80 e foi o dono da Argentina no título da Copa de 86 no México. Foi, também, bicampeão do Campeonato Italiano e se tornou lenda em Nápoles.

Meia-Direita – Di Stéfano (Argentina/Espanha)

Quem viu jogar, diz que jogou mais que Maradona. Alfredo di Stéfano não jogou pela Seleção Argentina, mas brilhou pelo Real Madrid e disputou uma Copa pela Espanha. No Madrid foi peça fundamental nos 5 primeiros títulos merengues da Copa dos Campeões da Europa (Atual Liga dos Campeões) e merece estar na lista dos 11 melhores para mim.

Atacante 1 – Messi (Argentina)

O único da lista que ainda joga e está na lista porque é o melhor que eu vi e, tem tudo, para ser o terceiro melhor da história, atras de Maradona e Pelé. O baixinho do Barcelona faz o que quer com a bola, ganhou de tudo com o Barcelona, o que faltará, certamente, é uma Copa, o que lhe faz ser menor que Maradona. Mas Messi merece estar entre os maiores da história.

Atacante 2 – Garrincha (Brasil)

O Anjo das pernas tortas, o jogador que o Brasil parava para ver. Esse foi Garrincha, dribles desconcertantes e gols e passes decisivos para títulos do Botafogo e os dois primeiros títulos mundiais da Seleção, sendo que o segundo, ele carregou o time nas costas após a contusão de Pelé no Chile. Símbolo da alegria do nosso futebol.

Atacante 3 – Pelé (Brasil)

Os 11 não poderia terminar sem o Rei do Futebol. O jogador mais completo que o mundo já viu. O único jogador com 3 Copas do Mundo, sendo decisivo na primeira, com apenas 17 anos de idade, e na terceira, já consagrado e coroado o Rei. Com mais de 1200 gols na carreira, Pelé não foi apenas um jogador completo, mas como um atleta. O maior do Século XX

Segundo time

Depois de eleger os 11 melhores na minha opinião, vou fazer uma escalação com os 11 que viriam após o Dream Team. Só vou escalar.

Buffon (Itália); Lahm (Alemanha), Baresi (Itália), Cannavaro (Itália), Roberto Carlos (Brasil); Cruyff (Holanda), Zico (Brasil), Zidane (França); Ronaldo (Brasil), Romário (Brasil), Cristiano Ronaldo (Portugal).

O Espaço é livre para discussões e opiniões diferentes, comentem em minhas redes sociais ou nos comentários qual é o seu time dos sonhos.

Quando o Cruzeiro destronou Pelé

Os Caampeões de 66, um t´´ituilo inesquecível para os Cruzirenses

Em 7 de dezembro de 1966, o Cruzeiro ganhou o primeiro de seus quatro títulos brasileiros e iniciou uma trajetória de títulos e reconhecimento nacional. A Taça Brasil de 66 foi uma história épica da equipe celeste, principalmente, a final diante do Santos de Pelé, que vinha de 5 títulos da Competição.

No primeiro jogo, no Mineirão, em 1º de dezembro, a torcida azul entupiu o Gigante da Pampulha e o fato inflamou o time celeste, assustando a equipe de Pelé. Quando a bola rolou, os azuis foram avassaladores e fizeram um surpreendente 5 a 0 no primeiro tempo. O jovem time assustou o Peixe que estava acostumado a outra equipe respeitando toda a pompa, mas neste jogo, Natal, Tostão e Dirceu Lopes, arrasaram e o placar final foi uma goleada por 6 a 2.

Como o regulamento era diferente dos dias de hoje, se houvesse empate ou o santos ganhasse o segundo jogo, em terras paulistas, teríamos um terceiro jogo para decidir o campeão, independente do saldo.

O segundo jogo foi marcado para o Pacaembu, há exatos 54 anos. Naquela noite, chovia muito na Capital Paulista e o Peixe estava disposto a se vingar da goleada sofrida nas terras mineiras e começou o jogo com muita vontade. Pelé e Toninho fizeram 2 gols no primeiro tempo e fizeram a torcida e o time acreditarem que teria o terceiro e decisivo jogo.

Mas do outro lado estava um time aguerrido e que não desistiu. O Cruzeiro voltou outro na etapa final, no inicio, pênalti perdido por Tostão, mas logo, o príncipe de Minas se redimiu em um golaço de falta. Dirceu Lopes e Natal, outro dois craques da equipe, fizeram uma virada sensacional e o título estava sacramentado para a surpresa do Brasil, Depois de 5 anos, o Brasil tinha outro Campeão Nacional, o primeiro de Minas Gerais no cenário nacional,

Este título ajudou a projetar o futebol mineiro no cenário nacional, antes restrito a Rio e São Paulo. E O Rei foi destronado por um time da sua terra neste dia, Pelé é Mineiro de Três Corações.

50 anos do Tri-mundial no México

Carlos Albrerto Torres evanta a a Taça Jules Rimet do Tricampeonato Mundial

O dia 21 de junho marca o ápice de um time histórico. A 50 anos atrás o Brasil conquistava o Tricampeonato mundial com um time que encantou o mundo e é lembrado até hoje como um dos maiores da história.

O resultado do jogo todo mundo sabe, a goleada por 4 a 1 sobre a Itália e a posse definitiva da Taça Jules Rimet, foram comemorados pelos 90 milhões de brasileiros que viviam sob a nuvem de uma ditadura militar que torturava e prendia os opositores do Regime. Mas porque esse time entra para a história do futebol?

Foi um dos poucos times que em que os melhores jogaram mesmo, independentemente da posição. O, então, jovem técnico Zagallo conseguiu reunir no mesmo time 5 craques da época que jogavam em suas equipes praticamente na mesma posição. O quinteto ofensivo formado por Gérson, Rivellino, Jairzinho, Tostão e Pelé, se encaixou perfeitamente com um esquema tático moderno com conceitos atuais do futebol de hoje.

Pelé, em sua última copa, queria encerrar a sua vida em mundiais com maestria e conseguiu sair do México como o Rei do Futebol e protagonizou lances que foram eternizados na campanha do tricampeonato mundial. Jairzinho ficou conhecido como o Furacão da Copa, pois fez gol em todos os 6 jogos do Brasil na Copa de 70, o único jogador até agora a fazer isto na história da Copa do Mundo.

Outro aspecto festejado e admirado até hoje foi a preparação física, todos os jogadores voaram no México e foi um dos diferenciais para o sucesso daquela Seleção. Uma prova disto, 12 dos 19 gols da equipe canarinho na campanha foram marcados no segundo tempo. O longo período de preparação e a genialidade e o comprometimento de todo o grupo foi o fundamental para o sucesso da seleção no México. Só resta-nos reverenciarmos este time que nos traz orgulho até hoje no Brasil e no Mundo. Mas sem esquecer as atrocidades cometidas na época pela Ditadura Militar que nos entristece muito.