Arquivo mensais:dezembro 2023

O Futebol Brasileiro em 2023

Destaques do Brasil no ano

Com a disputa do Mundial de Clubes da Fifa e o vice-campeonato do Fluminense, que foi goleado pelo Manchester City, o futebol brasileiro encerrou seus trabalhos em 2023. Neste texto, farei uma breve análise de como foi o ano no futebol brasileiro de clubes e farei a minha seleção da temporada.

O grande destaque do ano foi o Flu, que apresentou um belo futebol no ano, no comando de Fernando Diniz, que foi premiado com uma chance na Seleção, mas sem largar o Tricolor. A goleada sofrida na final desta sexta-feira não diminui em nada o que foi o ano dos cariocas com título estadual derrotando o rival Flamengo por 5 a 1 e o ápice que foi o título da Libertadores conquistado em casa e mostrando um futebol vistoso e com caras experientes como o goleiro Fábio, o multicampeão Marcelo e Felipe Melo. Tudo isso com jovens como André e John Kennedy e o artilheiro do Brasil German Cano, que fez 40 gols na temporada.

O Campeonato Brasileiro foi marcado pela maluquice e emoção, algo que muitos sentem falta nos pontos corridos, mas que em 2023 passou pelo Brasileirão. O Botafogo começou o Campeonato voando, fez o melhor primeiro turno da história, abriu incríveis 13 pontos de vantagem e todos davam certo a quebra de jejum do glorioso de 28 anos sem o título brasileiro, mas o Bota fez um segundo turno de rebaixado e viu a vantagem ruir, entregando o título de bandeja para o Palmeiras. O segundo título seguido do alviverde ficou marcado pela confirmação da jovem estrela, Endrick, de apenas 17 anos e já vendido ao Real Madrid, que foi fundamental na arrancada ao título nacional

Outro destaque do Brasileiro foi a presença de uma estrela internacional, Luis Suarez, que abrilhantou o campeonato jogando pelo Grêmio, e foi fundamental na campanha do Tricolor, que havia subido na temporada 2022 da Série B. Luisito fez gols importantes que levaram os gaúchos ao vice campeonato brasileiro. Quem decepcionou no ano foi o Flamengo, os rubro-negros perderam todos os títulos disputados na temporada, de Mundial a Recopa Sul-Americana, e isto tendo um bilhão de reais de receita, mas fizeram um péssimo ano com muitas trocas de treinadores e uma sequencia de brigas entre jogadores.

E tivemos um rebaixamento inédito na Série A. O Santos, justo no primeiro ano sem Pelé, fez uma campanha justa com a bagunça que está o clube e caiu para a segunda divisão pela primeira vez. Briga para fugir da degola que deixou muito torcedor sofrendo até o fim do campeonato. Inclusive este que vos escreve, mas que no fim foi de alívio para os outros três que havia subido da Segundona junto com o já citado Grêmio, Cruzeiro Vasco e Bahia.

O outro título nacional do ano, também, foi inédito. O São Paulo, enfim, ganhou a Copa do Brasil e foi um título especial para seu treinador, Dorival Júnior. Dorival, que foi demitido injustamente do Flamengo ao final da temporada 2022 após ganhar a mesma Copa do Brasil e a Libertadores, ganhou seu segundo título seguido da competição ao derrotar justamente o Fla. Mostrando a injustiça que foi sua demissão.

Vamos falar dos mineiros, Atlético e Cruzeiro. Começando pelo alvinegro, que teve o ano marcado pela inauguração da sua casa própria, a Arena MRV, mas que poderia ter feito mais se não fosse a passagem conturbada de Eduardo Coudet. Felipão chegou no meio do ano e demorou a engrenar e quando engrenou, viu o Palmeiras ser mais regular e ficar com o título nacional. O grande destaque da temporada foi Paulinho, que foi artilheiro do Brasileirão com 21 gols e mostrou sinergia com o ídolo alvinegro, Hulk.  Já do lado azul de Minas, o Cruzeiro fez um ano de aprendizagem no retorno a Série A após 3 anos de ausência. O Cabuloso fez muita coisa errada neste primeiro ano na A com o comando de Ronaldo Fenômeno, e suou para ficar na elite. Foram escolhas erradas  de jogadores, demissão inexplicável de treinador,, mudanças constantes de estádio para se jogar. O desequilíbrio do time cruzeirense foi tão grande que a equipe foi a melhor defesa e o pior ataque do Brasileirão. Erros que não podem ser repetidos na temporada que vem.

Seleção da temporada

Fábio (Fluminense); Samuel Xavier (Fluminense), Beraldo (São Paulo), Murilo (Palmeiras), Piquerez (Palmeiras); Pulgar (Flamengo), André (Fluminense), Raphael Veiga (Palmeiras); Paulinho (Atlético-MG), Cano (Fluminense), Luis Suarez (Grêmio). T: Fernando Diniz (Fluminense)

E assim encerra mais um ano de futebol brasileiro. Deixe nos comentários sua opinião a respeito do ano e da seleção da temporada.

Fluzão na final do Mundial

Jhon Arias, autor do primeiro gol da vitória tricolor

O Fluminense está na final do Mundial de Clubes da Fifa. O Campeão da América derrotou o tradicional Al-Ahly do Egito em Jedá, na Arábia Saudita, por 2 a 0. O Flu fez uma boa partida e mereceu a vaga rumo ao título inédito.

Diniz entrou em campo com a mesma equipe que conquistou a Libertadores há um mês e meio. Mas os brasileiros começaram o jogo com nervosismo característico de uma estreia numa competição desta magnitude e viu os egípcios controlarem o jogo, porém, foi Jhon Arias que criou a melhor chance do inicio de jogo ao acertar a trave do goleiro El-Shenawy. Cena que se repetiu aos 23 com o mesmo Arias aproveitando jogada ensaiada e, novamente, acertar a trave.

Aos poucos, o nervosismo brasileiro passava e o Flu passou a jogar do jeito que estamos acostumados, com muita posse de bola e toques envolventes, porém, as chances foram escassas no primeiro tempo, devido a marcação da equipe africana que estava bem encaixada. Os egípcios aproveitaram bons contra-ataques para criarem chances, na mais perigosa de todas, Kharaba exigiu um milagre de Fábio. E foi este o primeiro tempo movimentado na Arábia.

No segundo tempo, o Fluminense se impôs com seu futebol característico e dominou as ações, porém, esbarrava na eficiente marcação do Al-Ahly, que continuava explorando os contra-ataques e exigia boas intervenções de Fábio. Se no toque de bola não conseguia passar pela marcação, a coisa se resolveria no talento individual, aos 22, Marcelo fez linda jogada e foi derrubado por Tau na área, pênalti marcado. Na cobrança, Jhon Arias deslocou o goleiro e fez o primeiro gol tricolor em mundiais, festa da torcida na Arábia e no Rio.

Com o gol do Flu, coube aos egípcios saírem e tentarem incomodar a defesa tricolor, mas Fábio continuou fazendo defesas importantes para garantir o resultado. Você deve estar sentindo falta de eu citar o artilheiro do Brasil no ano, German Cano, pois ele foi pouco acionado no jogo, mas teve uma chance no final do jogo em que o arqueiro egípcio fez importante intervenção.

Coube ao herói do título da Libertadores, John Kennedy, fazer o mesmo no jogo de hoje. O jovem atacante entrou no lugar de Keno e aproveitou a defesa aberta para seguir com velocidade e chutar no canto para fazer o segundo gol e sacramentar a vaga do Flu a final do Mundial.

O adversário tricolor na final de sexta sairá nesta terça-feira. O favorito Manchester City, campeão europeu, entra em campo para enfrentar o japonês Urawa Red Diamonds. Mas com o futebol apresentado na semifinal, dá para a torcida do Flu sonhar com o  título mundial nesta sexta.

As Copas da minha vida

Amanhã faz um ano da maior final de Copa da história. A Argentina se sagrou tricampeã nos pênaltis ao derrotar a França após um jogaço em que terminou 3 a 3, com Messi e Mbappe disputando o protagonismo da Copa. A Copa no Catar em que consagrou o camisa 10 argentino foi a 7ª que eu vi e neste texto vou elencar a ordem da minha preferencia pessoal. Vamos ao meu ranking pessoal das 7 copas que eu vi.

França comemora seu segundo título na Copa

7º lugar – Rússia (2018)

Em último lugar no meu ranking fica a Copa da Rússia. Foi uma Copa meio sem graça em que o futebol jogado foi ok. Vimos o surgimento do  craque Mbappe e a coroação da geração croata, mesmo com o vice, apresentou um bom futebol. O Brasil não empolgou e ficamos nas quartas de final ao ser derrotado pela Bélgica (minha segunda seleção nesta copa) .

Messi, o maior que eu vi , enfim conquista o Mundo

6º lugar – Catar (2022)

A próxima do ranking é a última copa. Que foi bacana, mas por ter sido no fim do ano, foi estranha. O futebol apresentado nas terras catares foi bom e a grande sensação  da Copa foi a seleção marroquina, que empolgou a todos, a torcida fanática mereceu a festa que fez. Só não foi a pior Copa de todas que eu vi por causa da final empolgante entre Argentina e França e por eu ter visto o maior da minha geração, Lionel Messi, ganhar o título. Assim como em 2018, o Brasil fez uma copa de altos e baixos e foi eliminada pela Croácia em jogo que deveríamos ter passado, mas vacilamos no fim da prorrogação e demos adeus nos pênaltis.

Itália é Tetra na Copa na Alemanha

5º lugar – Alemanha (2006)

A Copa da Alemanha em 2006 está na frente da Copa do Catar pois foi a primeira que eu acompanhei inteiramente, Na época estava no primeiro período de Comunicação Integrada e a faculdade parou na época da Copa. Por isso, vi tudo que pude, foi uma Copa especial por isso para mim. O futebol apresentado não foi grandes coisas, mas foi a primeira Copa de um jovem Argentino na época, Lionel Messi e foi a Copa que consagrou a defesa italiana. Foi uma Copa decepcionante para nós brasileiros que chegamos como favoritos e atuais campeões, mas dada a confusão na preparação, não fomos tão bem e sucumbimos diante da França que viveu os últimos lances de Zidane.

Brasil derrota a Holanda no melhor jogo da Copa na França nos Pênaliis

4º Lugar – França (1998)

Esta Copa na França foi especial pois foi a primeira que eu me lembro, já que em 1994 pouco me lembro do Brasil ganhando o Tetra. Era um garoto de 10 anos começando a ficar fanático com este esportes. E foi uma Copa com um nível técnico altíssimo, com jogos sensacionais como o Holanda e Argentina, Argentina e Inglaterra, França e Itália. E as equipes contavam com jogadores grandes. O Brasil contava com um grande time que reunia Ronaldo Fenômeno, Dunga, Roberto Carlos e que fez uma grande Copa chegando a final, mas acabando com o vice-campeonato ao perder para a França.

Torcida sul-africana, um dos destaques da Copa de 2-10

3º Lugar – África do Sul (2010)

Abrindo o pódio do Ranking vem a Copa na África. Esta Copa foi a primeira que este blogueiro cobriu com textos para este Blog que você está lendo. Se fosse baseado só no futebol, esta Copa seria uma das piores, mas o extra campo dela a deixa especial para mim. A música Waka-Waka de Shakira, a Bola da copa a temida Jabulani (quem se lembra do Cid Moreira zoando a bola nos telejornais e transmissões da Globo?), que foi o  terror dos goleiros dada as curvas que ela fazia. Até a irritante vuvuzela,  corneta que os sul-africanos usam para torcer, mas que deixava o som ambiente uma constante vaia, deixou saudades e tornam  esta Copa especial. Para não dizer que não falei de futebol, foi uma Copa com um nível técnico baixo, poucos gols, poucos times que empolgaram e o  Brasil vacilou com a Holanda nas quartas. A Copa que coroou o tiki-taka espanhol que ganhou o primeiro título mundial.

Ronaldo Fenômeno, o grande nome do Penta do Brasil em 2002

2º lugar – Coreia/Japão (2002)

Com a medalha de prata, está a Copa do último título brasileiro, que foi o único que eu vi até hoje e muitos de vocês, também. Dentre todas estas Copas citadas no texto, 2002 foi a que menos vi, graças aos estudos e ao fuso-horário péssimo. Mas um título do Brasil fica sempre guardado em nossos corações e lembranças. E tínhamos um timaço que ganhou todos os jogos daquela Copa, o que dizer de Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo, que foram fundamentais para o Penta e fizeram o Brasil acordar as 3h30 da madrugada para torcer e fomos recompensados. A final as 8h30 da manhã, traz uma lembrança muito boa em que acordei cedo com muito prazer para ir assistir a final com meus familiares e fizemos uma festa no fim do jogo e o Penta.

Eu com os Colombianos no primeiro jogo aqui em BH na Copa 2014

1º Lugar – Brasil (2014)

É claro que o primeiro lugar seria aqui no nosso país. Uma Copa in loco e que vivi intensamente os jogos aqui em Belo Horizonte, fui em 5 dos 6 jogos que aconteceram no Mineirão. Conviver com outras culturas, ver coisas que só se via pela TV, foi a primeira vez que eu vi jogadores como Messi, Neymar, Hulk, Marcelo, Thiago Silva, James Rodriguez no estádio. Viver o clima de Copa é algo especial, sofrer nos pênaltis como no Brasil x Chile das oitavas em Copa é algo inimaginável. Apesar dos 7 a 1 da Alemanha no Brasil,, no único jogo no Mineirão em que não fui, foi uma Copa muito especial como amante deste esporte. Espero viver um dia uma Copa IN loco fora do país e repetir esta experiencia que tive em 2014 em nossa casa.

E você caro leitor do blog? Tem algum ranking de Copas vividas? Qual foi a melhor Copa que viu?  Deixe nos comentários.